O prefeito de Chã Grande, Diogo Alexandre, o vice, Sandro Advogado, vereadores, secretários e convidados tiveram a missão de avaliar neste domingo (10), a primeira Rota Ecoturística do município. Como turistas, puderam conhecer um pouco mais sobre o projeto, antes de seu lançamento oficial, que ainda não tem previsão por parte da administração municipal.
A rota teve início com um reforçado café da manhã regional. Em seguida, o grupo esteve na Igreja Matriz de São José e no Centro Cultural Maria Madalena Gomes de Vasconcelos, além da Loja de Artes de Chã Grande, ambos no centro da cidade. A partir do próximo ponto, a rota passou a ser pela zona rural.
Pelas fazendas e sítios de Chã Grande, os “turistas” conheceram a Colina Branca, às margens do Rio Ipojuca. Considerada como uma das maiores áreas de produção hidropônica de Pernambuco, é responsável pelo abastecimento em mercados na capital pernambucana todos os dias. “Colhemos por mês meio milhão de unidades”, revela o administrador do local, Sérgio Romero, durante a visita.
Em seguida, o grupo conheceu também um pouco mais sobre a produção de graviola, onde o secretário de administração do município, Joseildo Martins, revelou que Chã Grande é hoje a maior produtora de graviolas do estado de Pernambuco.
O Engenho Sanhaçu, considerado um dos principais pontos turísticos de Chã Grande, não poderia ficar de fora da Rota. O empresário Oto Barreto recebeu a todos para um tour rural, onde puderam conhecer sobre o fabrico da Cachaça Sanhaçu, premiada internacionalmente, bem como do funcionamento do engenho, que é o primeiro em todo o país a funcionar com a utilização de energia solar.
“Não existe um equipamento turístico que funcione sozinho. Não adianta você ter um Cristo Redentor, se você não tem toda uma cidade em volta pra dar uma estrutura. A Sanhaçu, junto com a Prefeitura e os demais equipamentos turísticos, tem tudo pra dá certo, pra realmente atrair o turista pernambucano e o turista de outros estados pra ver as maravilhas que estão escondidas aqui dentro de nossa cidade”, comentou Oto.
Outro ponto que chamou a atenção dos visitantes foi a visita pela área de reflorestamento promovido pelos proprietários do local. Em pouco mais de 20 anos, uma área devastada se reergueu com árvores nativas, se transformando num dos orgulhos da família.
A visita seguiu ainda por uma área de produção orgânica, em Mutuns. O local faz parte, inclusive, de uma associação, chamada Terra Viva, que tem o objetivo de promover o cultivo saudável dos mais variados tipos de produção, comercializando também a colheita e gerando renda para famílias chã-grandenses.
O grupo conheceu também um pouco mais sobre a capela de Padre Pio, que anualmente recebe centenas de fiéis durante as celebrações dedicadas ao santo. Após o almoço regional, com direito a guisado de boi, couve e muitos outros sabores, a visita seguiu para a capela de São Roque, em Freixeiras. A igreja é considerada como a segunda mais antiga a ser instituída no então distrito.
A poucos quilômetros dali, a comunidade Bahabhumi encanta seus visitantes com sua cultura distante na região. Com uma proposta de sustentabilidade, o casal Wálter França e Maristela adquiriram a propriedade ainda em 2012, batizando-a com o nome que em sânscrito quer dizer Chã Grande, numa forma de homenagear a cidade.
No local, o visitante conhece de tudo um pouco. É possível apreciar as belezas naturais, o clima, as construções feitas para unir o conforto e a sustentabilidade. Tudo em equilíbrio. Também no local está inserido o radar pluviométrico de Chã Grande, que faz a análise das chuvas caídas no município. E Wálter alerta para os índices dos últimos anos, que segundo ele estão em declínio.
A visita continua com a chegada ao Hotel Highlander, em Malhadinha. Ao som de muito forró pé de serra, os visitantes são recepcionados no local, onde em seguida se faz a avaliação do roteiro turístico chã-grandense. Pra finalizar com chave de ouro, o grupo ainda conhece as produções artísticas dos artesãos da Vila de Santa Luzia e comunidades vizinhas.
Na Avenida São José, centro da cidade, o roteiro chega ao fim. Para muitos, uma experiência inédita, que demonstra o potencial turístico de Chã Grande, bem mais que a “Terra do Chuchu”. “Essa Rota Ecoturística é um dos pontos que temos que explorar”, disse Diogo.